sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Borboletas Noturnas #3

Capítulo Final: Éter & Asas em Alfinetes

20h 30min. O shopping estava realmente vazio. Julian tinha chamado os dois seguranças da portaria, que obviamente, estavam sem fazer nada na entrada principal. Ao chegar perto da Nadh eles ficaram espantados com o estado da minha amiga. Foi quando tudo começou a piorar. Eles tentaram chamar os outros seguranças pelo walk talk, mas foram mil tentativas inúteis. Ninguém respondia.

—Mas e os idiotas que fizeram isso com minha amiga?— perguntei.
—O outro rapaz os levou para a delegacia...Quer dizer, ele só conseguiu prender dois. Acho que estavam em um bando muito grande...—disse o neandertal.
—Sete, eles estavam em sete. — disse Julian.
—E o que a gente faz com a Nadh?— disse Ton olhando para os dois seguranças com cara de idiota. Um neandertal e um debilóide. Ambos sem saber o que fazer. Depois de alguns minutos os dois se reuniram no canto, bem distante da gente, da ala. Enquanto estavam fuxicando, dei uma olhada pelo lugar. Apesar de bem escuro, pude ver que Bene e Jonnhy não se desgrudavam. Ou Bene não se desgrudava de Jonnhy, estava totalmente chocada com a situação. Ton impaciente, como sempre. Eu e Julian não saiamos de perto de Nadh, apesar do cheiro insuportável que já estava se formando por causa do sangue no chão. E Nadh, bem... estava morta. Não conseguia pensar em nada além de "Minha amiga está morta. O que vou dizer para a mãe dela? Minha amiga morreu. Ela está morta". Tanta repetição estava quase estourando minha cabeça até que...

—Vocês vão deixar que a gente cuida disso. — disse o segurança, o debilóide. Talvez não fosse tão debilóide assim.
—Como assim?— disse Ton.
—Nós vamos resolver toda essa mer... Essa situação!
—A gente não vai deixar ela sozinha aqui.— disse eu, já irritada.
—Ela não vai à lugar algum. E além do mais, vocês não podem fazer mais nada. Precisam sair daqui!— disse o neandertal já me segurando pelos braços e me levando para a entrada principal.
—Mas alguém de nós tem que ficar.— disse Jonnhy
— Ok. Quem fica?
— Preciso contar o que aconteceu para a mãe da Nadh. — disse eu
— A gente precisa ir em casa. Acho que o Ton pode ir lá em casa. Eu fico. — disse Jonnhy
— Então Bene fica com você, vai ser difícil levar ela à algum lugar assim. — disse para Jonnhy que concordou.

Que milagre, Ton não discordou em não ficar com Nadh. Talvez não estivesse aguentando mais, não com Nadh naquela situação. Já estávamos em frente à porta de vidro com mais de três metros de altura por três metros. Os seguranças empurraram as portas e nós deixaram passar. Rapidamente trancaram-as com suas chaves e começaram a abaixar a proteção de metal, uma espécie de grade, por dentro. Isso não ia dar certo. Não podíamos deixar Bene e Jonnhy sozinhos. Não com esses dois seguranças idiotas!

—Abram essa porta! Seus filhos da puta!! Abram.— dizia Ton batendo freneticamente na porta de vidro. Ele pensavam em quebrar, mas o vidro era muito grosso. Julian começou à bater na porta também. Esforços em vão.
Estávamos tão concentrados nos problemas que tínhamos dentro do shopping, que esquecemos de podíamos ter problemas do lado de fora também. Percebi pelo reflexo do vidro o caos que estavam as ruas de Richmond.
—Hey! Olhem... — disse enquanto virava para olhar toda situação. Haviam carros parados na frente do shopping, abertos e com as lanternas ligadas. Mais longe, haviam duas pessoas jogadas no chão. Talvez fossem mendigos bêbados ou sei lá o quê. Muito lixo pelo chão. Não era exatamente lixo. Eram bolsas, jornais, revistas, e até mesmo um tênis. Parecia que algo tinha assustado todo mundo. A rua, uma pequena avenida em frente do shopping, estava vazia. Raramente passavam carros. Eu tinha contado dois, durante os minutos que ficamos checando a situação. Parecíamos idiotas olhando vitrines. Era inacreditável. Caos total.

— O que aconteceu? — perguntei, mesmo sabendo que Julian e Ton não poderiam responder.
— Mas que ... droga... — disse Julian
— Acho que sei. Quando descemos, fomos pedir informação para aqueles vendedores. Eles nos disseram que mais cedo o jornal tinha anunciado que algo tinha destruído casas nos arredores da cidade. Mostraram imagens das casas destruídas e todas as familias dessas casas estavam mortas. Não deram mais detalhes. Mas quase toda policia local tinha se dirigido para tentar resolver essa merda toda.
—E o que isso tem haver? — disse olhando bem para a cara de Ton. Pela primeira vez percebi que ele estava... com... medo.
—Eu não sei, mas se o jornal não deu muitos detalhes. É algo grave.
—Um assassino revoltado, pronto. Ajudou muito.
—Você acha que um louco idiota ia conseguir destruir casas? Coloca-las abaixo? — disse Ton. Com toda razão. Eu estava me sentindo idiota. Começando à agir como idiota.
—E se isso estava lá, tem toda chance de ter chegado aqui.— disse Ton.
—Mas e a Bene? E o Jonnhy?— perguntou Julian
—O que a gente pode fazer? Eles estão lá dentro. E vão ficar lá dentro com aqueles dois idiotas. — disse para Julian.

Quase ia me esquecendo. Se esse caos todo chegou na Avenida central, o que teria acontecido à minha casa. Eu morava à dois quarteirões do shopping, que ficava relativamente perto da rodovia que levava para uma rota que sai de Richmond e seguia para fora do estado de Indiana. A minha preocupação com minha mãe me fez esquecer de avisar à mãe de Nadh o que tinha acontecido. Julian morava perto de mim, quase vizinho. Sua mãe e seu pai tinham viajado para a França. Acho que estavam comemorando bodas de alguma coisa. Já Jonnhy e Ton moravam do outro lado da cidade. Mais perto do shopping, um quarteirão dali.

—Preciso ir em casa. — disse para Ton. Eu sabia que Julian iria concordar comigo, então só precisava convencer Ton.
—Eu não posso deixar meu irmão sozinho! — disse Ton
—Ele vai ficar bem, ele está cuidando da Bene. E o shopping está fechado. Não vai acontecer nada.
—Você precisa falar com sua mãe. Ela pode vir busca-los de carro. — disse Julian.
—Ok, mas vou ter que ir sozinho?
—Algum problema? — disse eu.
—Ah... foda-se. Vou só. — disse Ton, novamente irritado. Eu conseguia irritar ele como ninguém. Por um momento fiquei até preocupada, mas ele se diz macho o suficiente para conseguir ir sozinho para casa. Não ia levar mais que 20 minutos. Ele consegue. Idiota.
—Você não acha que...— sussurrou Julian aos meus ouvidos.
—Tenho certeza. — disse eu. Ton já tinha saido. Enquanto caminhávamos, olhei para trás e percebi que Ton passou bem perto dos dois corpos jogados no chão. No lado Norte da rua. Ele acelerou o passo e virou na primeira esquina. Me virei e continuei andando com Julian. Ele começou à dar passos rápidos, então tive que segui-lo. A cidade estava realmente um caos. Haviam lojas abertas, como se tivessem sido esquecidas assim. Carros parados sem motoristas. Era inexplicável. Mais a frente tinha um único ônibus. Aparentemente haviam pessoas dentro. A luz interna piscava sem parar, quase desligando.

—Julian, olha!— apontei para o ônibus. Ele parou de andar e resolveu entrar no ônibus.
—Tem gente lá dentro! — disse ele.
—É. Parece que estão... paradas. — Ele seguiu, e eu fui atrás. Ele forçou a porta para que conseguíssemos entrar. Quando entramos demos de cara com o motorista desmaiado. Os poucos passageiros estavam jogados pelo ônibus. Os que estavam sentados estavam com a cabeça baixa. A luz fraca do ônibus só nos possibilitou enxegar uma coisa: Todos estavam mortos. Havia sangue em suas roupas. Julian, já enojado, resolveu virar uma menininha que estava jogado no chão. Era assustador, seu rosto estava todo sujo de sangue. Sua barriga estava suja de sangue, quase igual à de Nadh, um pouco mais suja. Julian me olhou perplexo. Foi quando ele resolveu levantar a camiseta daquela menina;

—Mas que porra é essa, Julian? — disse eu. Acabará de levar o maior susto da minha vida. Era horrível! A barriga da menina estava toda aberta, parecia ter sido mastigada por algum pitbull faminto.
— O que f-fez ..,isso? — gaguejou Julian. Aparentemente apavorado. Ele checou os outros nove passageiros, todos estavam com a barriga dilacerada. Mas como isso aconteceu? Suas roupas estavam intactas. Decidimos sair rápido dali. Era uma cena horrível. Antes de descermos, Julian empurrou o corpo do motorista. Estava sem os olhos, apenas dois buracos onde deviam estar os olhos. O rosto estava todo sujo de sangue. Sua roupa, intacta, mas sua barriga igual à de todos os passageiros. Saimos dali correndo.

Há um quarteirão de casa. 21h 12min. Tínhamos andando demais, eu poderia ter pegado um atalho, mas como iria lembrar de tal coisa depois de ver tantas pessoas mortas em um único ônibus. O quarteirão estava aparentemente normal. Seguimos pela rua até encontramos a primeira esquina, e uma grande surpresa. Estávamos apressados e quando viramos na esquina percebemos que alguém estava escondido entre um pequeno muro do jardim na segunda casa ao lado da esquina. A esquina não era muito estreita, então me aproximei e percebi que aquele quem estava escondido era um dos idiotas do cinema. Um dos amigos dos três bandidos que fizeram a Nadh cair daquela escada rolante. Não pensei duas vezes:

—Ei! —gritei puxando o menino pela gola da camiseta. Ele estava assustado, mas ia ficar muito mais com o que eu ia fazer com ele
— O que foi? — disse ele, espantado. Julian percebeu quem era e o empurrou contra o muro.
—Você sabe o que fez com minha amiga? Seu idiota! — disse Julian, furioso.
—Eu não fiz nada cara. Eu sei quem fez, mas não fui eu. Meus amigos já foram levados pelo segurança...
—Eu não me importo! — Julian fechou a mão e com toda a força deu um soco na cara do menino. O soco foi tão forte que fez o menino cair no chão.
— Au... que merda... isso dói cara! — choramingou. Ele ficou se contorcendo no chão enquanto nos virávamos. Começamos a andar, Julian se queixava da dor na mão. O menino começou a gemer mais alto, eu não me importaria porém tive que ver o estrago que Julian tinha feito. O soco foi tão forte que o menino estava vomitando sangue. O menino estava jogado na grama e se balançando no chão. Cada vez que vomitava sangue Julian ficava mais nervoso.

—Nossa... Julian! Faça alguma coisa — disse enquanto Julian coçava a cabeça.
—Ah, ok. ok. — Julian ia tentar levanta-lo do chão quando o menino parou de gemer. Virou-se e parou de se mexer.
—Acho que ele morreu — disse enquanto ia checar o pescoço dele.
—Caralh... eu matei o...
—Não, espera... Olha a garganta dele! — A garganta dele parecia estar mais cheia. Fazia um movimento estranho. Parecia estar tentando respirar, apesar do corpo não se mexer. Foi quando percebi que a camiseta dele estava toda suja de sangue.
—Olha! Que nojo. A camiseta dele...
—Eu não fiz isso. Eu apenas... dei um soco na cara dele! — disse Julian. De repente o movimento da garganta dele aumentou, como se algo estivesse subindo pela garganta dele. O sangue voltou a sair da boca dele. Foi quando uma coisa começou a sair pela boca. Uma coisa branca. Era nojento. Parecia um filhote de rato sem pêlo algum, apenas um pouco maior. Ele não tinha patas, rabo ou orelhas. Se contorcia como uma lesma. Foi a coisa mais nojenta que já vi em toda minha...

—É a coisa mais nojenta do mundo!— disse Julian. Aquela coisa nojenta desceu da boca do menino e começou a se arrastar para perto do Julian. Julian recuou e acabou tropeçando no meio-frio. Puxei Julian e saímos correndo.

—Mas o que era aquilo; que nojo!— disse Julian.
—Não sei... não sei... só quero chegar em casa logo!

O desespero pode te levar à fazer coisas absurdas. Correr é uma delas. Já estávamos na rua de casa. Minha casa era a segunda da esquerda para a direita, Julian morava há sete casas da minha. Peguei a chave do portão desesperadamente e segui procurando minha mãe por todos cômodos da casa. Gritava mas pelo visto minha mãe não estava ali. Foi quando ouvi Julian me chamar da cozinha. Minha mãe estava lá, caída no chão. Julian disse que ela estava viva, apenas desmaiada.

—Precisamos sair daqui! Agora!— disse desesperada.
—Mas como?
—O carro... o carro do meu pai.— Julian levantou minha mãe e a apoiou nos seus ombros. Seguimos para a garagem, o carro estava lá. Já era acostumada à pegar o carro do meu pai. O pai de Julian tinha nos ensinado a dirigir. Eu tinha até uma copia do carro do meu pai no meu chaveiro. Julian sentou atrás com minha mãe. Liguei o carro apressada. Pisei no acelerador como uma louca.

—Mas e o portão?— perguntou Julian. O carro seguiu em frente e derrou o pequeno portão de madeira que cercava minha casa.
—Eu nunca gostei desse portão, mesmo. — nesse momento notei pelo retrovisor que minha mãe estava acordando. Parei o carro.
—Mãe? —perguntei esperançosa, mas ela estava acordando ainda. Não pode me responder.
—Acho que ela está muito cansada. — disse Julian.
—Será que não alguma coisa nela... alguma coisa... aquilo que a gente viu
—Não, acho que não. Não tem sangue nela. E a barriga dela parece estar bem. — Julian levantou a camiseta da minha mãe e viu que a barriga dela estava normal. Apesar do grande volume, ela estava bem.
—E agora? — perguntei a Julian. Alguma coisa estava errada, Julian não me respondeu.
—Julian? Julian? Tudo bem? — me virei para ver o que estava acontecendo.
— Julie... quem é aquele cara... quer dizer, o que é aquilo? — pelo para-brisa traseiro vi que um homem estava andando pela rua. Não era exatamente um homem. Tinha uma estrutura humana, mas era muito mais alto que uma pessoa comum. Parecia ter uns 3 metros de altura. Estava nu, mas não era um homem. Não era uma mulher. Era uma espécie de ... coisa. Não tinha pêlo algum, sua pele era enrugada e cheia de manchas. O rosto era deformado, sem nariz. Com uma boca enorme ele parecia falar alguma coisa. Pelo menos parecia, pois o silêncio era total. Suas mãos era enormes, assim como seus pés. Na verdade suas mãos eram como enormes patas. Seus enormes pés não pareciam ajudar, pois o homem - ou aquela coisa- se arrastava lentamente. Não sabia o que fazer, era uma criatura inacreditável. Como se tivesse saído de um filme.

—Julie, julie! Liga esse carro! Vamos! — tentei ligar o carro, Julian parecia desesperado. Me senti realmente em um filme, o carro não ligava. E quando consegui, a criatura percebeu. Como se estivesse procurando alguma coisa. Acelerei. A criatura se agachou e deu um enorme salto. Olhei pelo retrovisor que ele começará a nos perseguir. Ela não corria, ela saltava. Passa por tudo, pelos portões e pelos postes. Era totalmente desengonçada, mas parecia ser pesada pois destruía tudo por onde passava. Ou melhor, pulava. Saí da rua, mas a criatura continuou nos seguindo. No desespero lembrei:

—Julian... e os outros? O que a gente vai fazer? — perguntei desesperada.
—Não sei... aquela coisa está logo ali, atrás da gente. — Julian deve ter pronunciado essa frase toda em menos de um milésimo de segundo.
—Mas... —parei para pensar. Infelizmente tive que olhar novamente pelo retrovisor. Aquela coisa ainda estava lá. Não era um maldito sonho.
—Mas? Mas e aquela coisa? E a sua mãe? E seu.... irmão!?— gritou Julian desesperado. Se eu virasse pela na próxima esquina e seguisse pela esquerda chegaria em menos de quinze minutos na rota 53. A rota que nos tiraria da cidade muito rápido. Sairíamos do estado de Indiana em menos de uma hora e meia. Se eu seguisse reto teria que fazer o retorno para pegar a Avenida Consagrus, o caminho rápido para o norte da cidade. Para onde Ton tinha ido. Poderia busca-lo e depois ir ao shopping...
—Julie, olha... — A criatura deu um enorme salto e acabou destruindo o telhado de uma casa. Por um segundo pensei que tinha ficado por lá, mas logo ela saltará para fora segurando um enorme frizer. Ela se impulsionou e jogou em nossa direção. Virei para esquerda.
—Você está louca? Vamos Julie, rápido!! Aquela merda vai pegar a gente! — Julian estava muito desesperado. Estava suando. Estava amedrontado. Era irritante e ao mesmo tempo agonizante ver o meu melhor amigo daquele jeito. Já não tinha mais volta, as duas coisas mais importantes para mim estavam precisando da minha ajuda. Minha mãe e meu melhor amigo. Eu tinha que tomar uma decisão. Aquela coisa estava louca, era uma criatura medonha. E o quanto mais lembrava, mais minha cabeça girava de ideias. Não conseguia controlar meus pensamentos. Estava desesperada. Eu tinha minha mãe, ela estava grávida. Não... não sei o que pensar. Não conseguia me controlar. Julian não parava de falar... eu não tirava os olhos do retrovisor. Antes a cidade, agora... minha mente estava um caos...

Segui pela rota 53.


Fim.
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Capítulo um: Crisálidas | Capítulo dois: Espécies em Extinção | Capítulo Final: Éter & Asas em Alfinetes

"Não se preocupem. Haverá um capítulo extra no qual algumas coisas serão esclarecidas. Talvez sobre Bene, sobre Jonnhy ou sobre Ton. Talvez sobre os três. Alguns fatos precisam ser explicados. Talvez... se preocupem."

Capítulo extra: Caixa de vidro

4 comentários:

lara f leão disse...

escreves bem, muito bem.
admito que andei visitando isso diariamente pra saber o resumo da história, hahahaha

Giles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
giles disse...

MAS E O IRMÃO DELA?!
Adorei kabe, mesmo, suei enquanto eu lia... Tem imagens ótimas!
me lembrou um pouco aquela série que teve na Warner a partir de uns contos no Stephen King!
=]
ahh, eu tva ouvindo bat for lashes qdo eu tva lendo o começo... a sensação de medo e nó no estomago foi bem acentuada...

jubs falcão. disse...

putz, ta muito boa a história. choquei lendo *.*

LEIA O LIXO, RECICLE AS IDEIAS.