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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Fica

Vai ficar tudo bem
Se você disser que fica
Então eu fico bem pertinho de você

Tranquilo esse nosso cochilo
Mas preciso saber se você vai ficar
Um pouco pra ficar bem

(Nós dois bem pertinhos)
Dá medo, ficar sozinho
Mas fico bem tranquilo
Porque tudo vai ficar bem
Tudo bem depois de um cochilo

sábado, 1 de dezembro de 2012

Pra definir coração de aquário

Pra definir coração de aquário
Tão grande que cabe até peixe baleia, tão cheio 
Transbordando
Feito de areia e pressão
Reluzente transparente, pra todos e pra solidão

Pra não deixar incerteza e explicação de novo 
E novo
Já quebrado de mar, pesado de sal 
Vindo da lua pra baú de pirata

Pra explicar coração de aquário
Escrever no chão frio, abraço com o próprio umbigo
Caneta, papel, palavras e mãos.

Pra falar coração, mãos de polvo e muito chão

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

COISAS QUE EU ESQUEÇO DE FAZER

Eu estava comendo uma pizza em frente ao computador. Um pouco salgada. Minha mão ficou gordurosa, mas até o último pedaço eu já havia esquecido.
Minha xícara estava meio cheia ou meio vazia? Eu sempre acho que deixei de colocar o suficiente. Bebi três longos goles do guaraná quente, porque antes de terminar de comer a pizza ele estava frio.

Quando criança eu achava que guaraná era algo inexistente. Mãe, existe mesmo guaraná? – Sim, existe. Sempre achei que fosse mesmo só refrigerante, mas existe suco. A embalagem não usava aqueles olhos para ser maneira, aqueles eram os guaranás.

Eu levei meu prato até a cozinha, deixei a xícara na mesa e o prato na pia. Desliguei as luzes, minha mão estava suja. Liguei as luzes, lavei as minhas mãos. A xicara ainda estava na mesa, liguei as luzes, lavei as mãos, peguei a xícara e desliguei as luzes. Eu precisava ir ao banheiro que segue o caminho da cozinha. Eu acho que eu devia ter feio isso em primeira escala, mas liguei as luzes, segui o caminho, lavei as mãos e desliguei as luzes.

No meu quarto, meu prato ainda estava lá. Ou estava aqui? Ao lado do computador, eu me lembro. Peguei o prato, desliguei as luzes. Liguei as luzes, lavei as mãos, e segui o caminho para o meu quarto. Eu sempre acho que me esqueci de fazer alguma coisa.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

#Soundtrack List: Os Gigantes Estão Chegando

CAPÍTULO 01: Fish
"Jamie t - Chaka Demus"

CAPÍTULO 02: Cláudia
"The Vaccines - Post Break-Up sex"


CAPÍTULO 03: Pedro
"Polly Scattergood - Remove All Traces"

CAPÍTULO 04: Augusto
"Edward Shape & The Magnetic Zeros - Home"

CAPÍTULO 05: Victória
"Ra Ra Riot - Boy"

CAPÍTULO 06: Estevan
"Adele - Don't You Remember"

ÚLTIMO CAPÍTULO: Amanda
"Glasvegas - Daddy's Gone"


"We are the bright new stars born of a screaming black hole, the nascent suns burst from the darkness, from the grasping void of space that folds and swallows--a darkness that would devour anyone not as strong as we. We are oddities, sideshows, talk show subjects. We capture everyone's imagination."
Dave Eggers (A Heartbreaking Work of Staggering Genius)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Comum: Epifania do Céu.

Olhe... o Céu! Pasmo, disse à todos. E no instinto todos olharam. Que estranho. Oh, murmuravam todos. A situação parecia critica. O medo se espalhou pela rua deixando todos paralisados e com aparência horrível. Mamãe, estou com medo. Exclamava uma menininha. Deus, salve nossas almas. Exclamava um senhor. Eu não posso acreditar, exclamavam vários outros. Pássaros começaram a aparecer. Dançavam em respeito ao Céu. E a cada nova cara que o Céu apresentava, em cada novo tom de azul que ele irradiava, mais trêmulas e fracas ficavam. Eles não entendiam o que havia acontecido, ou melhor, o que estava acontecendo. Uma lágrima começara a escorrer de todos os olhos humanos presentes. Desnorteados sem saber o que tinham feito ao Céu. se culpavam. Até que então, antes que a gota salgada lavasse seus rostos, uma nuvem cinza tomou toda região. O Céu deixara de ser azul, voltara a ser cinza. Suspiros felizes ecoaram em uma só voz. Agradecimentos diversos foram proclamados. Oh, ainda bem! Todos os amigos se foram, as buzinas zumbiram, e todos ficaram mudos.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma Carta Para Meus Amigos da Escola...


"Esse ano as coisas aconteceram de forma diferente para mim. Talvez tenha sido um ano incrivel, onde eu aprendi muitas e muitas coisas. Acho que vocês também, ou não. Eu queria compartilhar um tempo mais essas coisas com vocês, sei lá. Não me perguntem o por quê, mas foi um ano bom e agravavél. uma porção de coisas. De tantos aprendizados, aprendi três coisas importantes. Então resolvi coloca-las no papel e ler para vocês.

A primeira coisa que aprendi foi que a escola é como uma floresta, uma selva. Porém, diferente do que muitos pensam, a lei da selva não é matar para sobreviver, e sim levar e pegar o que se precisa para se manter vivo. A gente pode contar varias historias para tentar agradar todos, a gente pode fingir que não está aqui - talvez por tímidez ou outras coisas - a gente pode vestir a roupa que for, fazer o que for, mas as pessoas só vão acreditar se for verdadeiro. De sentimento e coração. Não importa se a verdade seja chata ou estranha. Só a verdade vale. E isso é bem difícil.

A segunda é que todos somos diferentes, não melhores que os outros. Tem aquelas que parecem não se importar com as coisas, só se for a própria aparência, mas se você as conhece melhor vê que elas são legais. Não só menininhas. São quase mulheres, né? Independente do tamanho. Só precisariam levar as coisas um pouco mais a sério. Mas quem sou eu para julgar esses brotinhos delicias.
Tem os Anônimos, aqueles que se sentam nos mesmos lugares, que ninguém mexe. Pessoas simples e encantadoras. Talvez com um volume de voz muito baixo, mas todo mundo é diferente. Só colocar óculos que melhora.
Tem o pessoal da zorra, sem muitos comentários ou qualquer quote engraçado. Nem sempre são idiotas o quanto a gente imagina. Dá até para encontrar um grande amigo entre eles. E por fim tem aqueles que a gente gosta - me desculpem o uso da palavra - mas foda-se. A gente gosta deles. Estranhos, altos, baixos, loucas, loucos e sei lá mais o que.

Agora a terceira, mas não menos importante, coisa que aprendi com vocês. Por tudo e por todos, pelas circunstâncias e ações. Nós só temos dezessete anos. Não precisamos ser tão sérios, ou tão bobos. As coisas vão acontecer. Nós vamos fazer as coisas acontecerem. Não porque a professora de historia disse que nós temos ou porque está no nosso destino. Nós vamos fazer fazer isso por nós. Nós podemos fingir que não vemos as coisas, que brigar com um amigo por uma coisa que nós nem sabemos como aconteceu. A gente pode tomar atitudes precipitadas por achar que as pessoas são de um jeito, mas elas não são. Nós só temos dezessete anos. Tem muita coisa por aí, nesse estradão. Mas nós só vamos levar as coisas boas. Eu quero levar esses amigos. Para sempre.
É disso que eu queria falar com vocês. Eu tive que colocar no papel.

Esse foi um ano incrível, o que ano que vem também vai ser. Mas por enquanto, são essas coisas boas que eu quero vocês sintam. E que tudo seja bem melhor.


Com muita gratidão, Kabe Rodrigues H.F.
LEIA O LIXO, RECICLE AS IDEIAS.